Mulevala vai ter hospital regional

Sociedade

UM hospital regional-norte com a capacidade de internamento de trinta e cinco camas e um bloco operatório vai ser construído a partir deste ano no distrito de Mulevala, na região norte da província da Zambézia.

O investimento contempla ainda a construção de um centro de saúde, uma farmácia pública, alocação de uma ambulância e pessoal médico, com vista a levar a assistência sanitária a mais de 230 mil residentes.

O Governo diz ter já fundos necessários para a construção daquela unidade sanitária. Trata-se de fundos públicos e de parceiros, e dentro de poucos dias serão lançados os concursos para adjudicação das obras.

 O Presidente da República, Filipe Nyusi, que trabalhou há dias naquele distrito, ficou sensibilizado com as dificuldades da população em vários domínios, nomeadamente a falta de infra-estruturas de saúde, educação, estradas, fontes de águas e unidades fabris, para o processamento do amendoim farinação de milho.

Mulevala foi elevado à categoria de distrito em 2013. Antes era posto administrativo do Ile. É conhecido como grande produtor de amendoim e milho, para além de recursos minerais e florestas.

A população saudou a construção de infra-estruturas de saúde, porquanto poderá aliviar as famílias que tinham de percorrer mais de 100 quilómetros para ter cuidados de saúde primários nos hospitais distritais de Mocuba, Alto Molócuè e Gilé.

Marta Isabel, residente da vila-sede distrital de Mulevala, disse, quando abordado pela nossa Reportagem, que a construção do hospital regional-norte é bem-vinda, pelo facto de poder contribuir para uma assistência de qualidade e reduzir os custos em transporte e estadia noutros distritos, como está a acontecer actualmente.

Paiva Miguel é outro habitante que falou à nossa Reportagem, no distrito de Mulevala. Ele manifestou profunda satisfação pelo facto de o Executivo ter-se recordado da população de Mulevala. Referiu que, actualmente, todo o paciente que pretende ser submetido a uma cirurgia tem que se deslocar a Mocuba ou Quelimane, o que tem implicações nos custos de permanência e de transporte.

Numa outra observação, os nossos entrevistados são de opinião que os empreiteiros a serem seleccionados devem ser honestos e cumprirem rigorosamente com o prazo e cronograma de trabalho. Neste momento, existe um edifício disponível, cujo empreiteiro abandonou as obras. O que o Governo pretende fazer é a aproveitar as mesmas instalações, ampliando-as para acomodar os serviços de internamento, cirurgia e outros.

O Hospital regional de Mulevala vai atender pacientes de Pebane, Mocubela, Gilé, Alto Molócuè, Ile e Namarrói, principalmente, em caso de necessidade em cirurgias.

Entretanto, o Governo vai construir, ainda no distrito de Mulevala, uma escola secundária e um centro internato. O Executivo comprometeu-se igualmente a mobilizar recursos financeiros e materiais com vista a concretizar a construção das duas infra-estruturas que tanto fazem falta às comunidades. Para frequentarem a 12ª Classe, os alunos vêm-se obrigados a deslocar-se a vila do Ile, que dista 80 Km de Mulevala.

Porém, as comunidades entendem que no lugar do ensino geral, o Governo deveria construir uma escola técnico-profissional para responder à demanda de recursos florestais, madeireiros e agrícolas.

Fonte: jornalnoticias.co.mz.