A FRELIMO discutiu ontem com os partidos extra-parlamentares, na sua sede nacional, os mecanismos de aproximação e as melhores formas de participação de ambas partes no diálogo para a paz.
Tratou-se do segundo encontro do género orientado pelo secretário-geral do partido no poder, Roque Silva. Falando a jornalistas, o dirigente da Frelimo considerou o encontro como plataforma que contribui para aproximar posições e troca de impressões sobre a dinâmica da vida política do país.
Acrescentou que a reunião, que durou pouco mais de três horas, serviu para falar da agenda nacional, com interesse particular sobre o estágio do processo de descentralização e da pacificação do país.
Explicou que na qualidade do partido que tomou a iniciativa de não avançar na aprovação da revisão da legislação autárquica antes da desmilitarização da Renamo, a Frelimo sentiu-se no dever de explicar aos seus parceiros e colher sensibilidades sobre o processo.
Segundo afirmou, não se pode avançar para a descentralização sem claros progressos em relação às questões militares, por serem duas faces da mesma moeda.
Disse ter reiterado no encontro que o Presidente da República não abdicará do seu compromisso de trabalhar para a restauração da paz em Moçambique, continuando a discutir com a Renamo os aspectos militares até que sejam alcançados consensos.
Falando na ocasião em representação dos extra-parlamentares, o presidente do Partido Trabalhista, Miguel Mabote, descreveu o encontro como tendo sido frutífero, na medida em que, segundo suas palavras, serviu para aproximar ainda mais as posições entre os dois lados.
Mabote afirmou que o encontro constituiu uma oportunidade para apelar à celeridade do diálogo, maior responsabilidade por parte da Frelimo e um tratamento igual aos partidos políticos, em todos os aspectos da vida política do país.
Fonte: jornalnoticias.co.mz.
