Brasil: Bolsonaro toma posse em Janeiro

Politica Internacional

O candidato que recusa a etiqueta de extrema direita é um admirador do norte-americano Donald Trump e da antiga ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985.

Bolsonaro é, aliás, um capitão na reserva. Católico ele veio a beneficiar do apoio de sectores evangélicos, com posições muito conservadoras.

Os seus detractores acusam-no de ser misógino, racista, homofóbico ou fascista, enquanto os seus partidários alegam que este poderá instaurar a ordem no país.

O descontentamento em torno das presidências do Partido dos trabalhadores pode ter sido determinante neste desfecho nas urnas.

Fernando Haddad angariou menos de 45% dos votos, numa situação em que o ex chefe de Estado Lula da Silva, actualmente detido por corrupção, foi impossibilitado de disputar o escrutínio.

Pouco se sabe ainda do que poderá vir a ser o governo de Jair Bolsonaro, suposto defensor de algum intervencionismo estatal na economia.

O economista Paulo Guedes, tido como liberal e, logo, com posições algo divergentes com Bolsonaro, deverá ser o seu ministro das finanças.

Este anunciou já que a integração regional, o Mercosul, não é a prioridade para a primeira economia sul-americana e que pretende “negociar com o mundo“.

No seu discurso de vitória, a partir da sua residência no Rio de Janeiro, Bolsonaro alegou estar confiante na união do seu país em prol “de um futuro melhor“, ele prometeu também cumprir a Constituição.