Seis anos depois da morte do pai, inicialmente registrada como suicídio, Dellen Millard, de 33 anos, foi condenado pelo crime. Ele também foi condenado à prisão perpétua duas vezes, acusado de matar outras duas pessoas no Canadá.
O milionário canadense Wayne Millard, de 71 anos, morreu em 2012, com um tiro na cabeça. Tudo indicava ser um suicídio.
Mas, seis anos depois da morte de Millard, o filho dele, Dellen, hoje com 33 anos, foi declarado culpado pelo
assassinato do pai no Canadá .
Esse não é o único crime que pesa contra Dellen, que havia herdado a empresa de aviação da família com a morte do pai. Ele já cumpre duas outras penas. Foi condenado à prisão perpétua, acusado de matar sua ex-namorada Laura Babcock e o canadense Tim Bosma.
Nessa segunda, a Corte Superior de Justiça acusou Dellen de ter atirado enquanto o pai dormia. “Estou convencida (…) de que Dellen Millard matou seu pai atirando nele no olho esquerdo enquanto dormia”, disse a juíza Maureen Forestell durante o julgamento.
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Segundo a rede canadense de notícias CBS, Dellen chorou ao ouvir a decisão da Corte.
À época, ele tinha dito à polícia que o pai sofria com depressão e era alcoólatra. “Ele carregou uma grande tristeza com ele ao longo da vida que eu nunca soube – ele nunca quis compartilhar isso comigo”, disse filho no dia seguinte à morte.
Mas os funcionários da MillardAir, empresa de aviação da família, disseram que havia tensões entre pai e filho.
Outros crimes
Seis meses depois da morte do milionário, um canadense chamado Tim Bosma desapareceu. A investigação não só levou a polícia a Dellen como acabou identificando indícios que o ligavam à morte do pai e a das outras duas pessoas.
Em maio de 2013, Bosma estava tentando vender uma caminhonete quando Dellen respondeu ao anúncio postado online. Dellen e um amigo, Mark Smich, foram ao encotro de Bosma, que havia concordado em deixar a dupla fazer um teste drive.
Bosma nunca mais foi visto. “Era uma caminhonete estúpida. Só uma caminhonete”, disse a mulher de Bosma, logo depois que Dellen e Smich terem sido presos pelo crime.
A caminhonete foi encontrada pela polícia numa das propriedades em nome da mãe de Dellen e logo ele se transformou em suspeito.
A perícia encontrou resíduos de pólvora e de sangue dentro do veículo. A polícia, então, começou a investigar o passado de Dellen, a morte do pai e também o desaparecimento da ex-namorada dele Laura Babcok, que havia sumido no ano anterior.
A primeira morte
Três meses antes do pai de Dellen morrer, Babcock tinha desaparecido. A polícia descobriu que ela estava envolvida num triângulo amoroso que envolvia Dellen e a então namorada dele. Dellen havia prometido à namorada remover a ex-Babcock da vida do casal.
O corpo dela nunca foi encontrado, mas, logo depois do desaparecimento, Dellen comprou um incinerador.
A polícia nunca conseguiu encontrar restos mortais de Laura Babcock e de Tim Bosma, mas afirma que os dois foram mortos a tiros e, depois, queimados.
Dellen e o amigo Smich foram condenados pelo assassinato de Bosma em 2016. Eles também foram considerados culpados pela morte de Babcock em 2017.
Pai e filho
Tão logo cresceram as suspeitas contra Dellen, a polícia começou a reexaminar o aparente suicídio de Wayne Millard.
Os promotores afirmam que Dellen queria matar o pai para proteger a herança, já que parte da fortuna do milionário estava sendo usada para financiar um novo negócio também no setor de aviação.
Na noite do crime, Dellen usou o amigo como álibi. Ele falou que estava na casa de Smich. Mas o rastreamento do celular dele mostrou que ele foi à casa do pai na madrugada.
Segundo a rede canadense de notícias CBS, a juíza considerou o álibi falso.
Um arma comprada por Dellen ilegalmente foi encontrada ao lado do pai dele. Havia também traços de DNA de Dellen no revólver. Smich não foi indiciado pelo assassinato de Wanyne Millard.
Fonte: noticias.sapo.