Ministério Público alarga prazos na investigação do homicídio de Mahamudo Amurane

Politica Nacional

O Ministério Público moçambicano decidiu alargar os prazos para instrução do processo relativo ao homicídio ocorrido há um ano de Mahamudo Amurane, presidente do Conselho Municipal de Nampula, anunciou ontem fonte da magistratura.

“Devido à complexidade do caso, houve necessidade da alargar os prazos da instrução”, referiu Hermínia da Barca, porta-voz da Procuradoria-Geral da República em Nampula, em declarações à Televisão de Moçambique (TVM).

Mahamudo Amurane foi assassinado em 04 de outubro de 2017, no rés-do-chão da sua casa, na cidade de Nampula, norte de Moçambique, por um homem que se aproximou dele durante o dia e disparou, perante testemunhas, fugindo de seguida.

A polícia referiu no próprio dia ter “indicações claras, dadas pelas testemunhas oculares, de que os disparos teriam sido feitos por um indivíduo com características devidamente descritas” que “poderão levar à detenção do suspeito”, segundo Inácio Dina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique.

Um mês depois, o ministro da Justiça, Isac Chande, anunciava que já havia seis pessoas constituídas arguidas no processo.

Hoje, a porta-voz do Ministério Público referiu que “o processo continua em fase de instrução preparatória e de segredo de justiça”.

“Estamos a trabalhar com indícios de suspeitos e o processo continua em segredo de justiça”, concluiu.

O caso relançou o debate sobre sucessivos assassinatos de figuras públicas, sem esclarecimento, em Moçambique.

Dois analistas ouvidos na altura pela Lusa, Borges Nhamire e Baltazar Faela, referiram que a sequência de casos impunes traduz a ideia de que o crime capturou os direitos e liberdades fundamentais.

Fonte: noticias.sapo.