“A minha expectativa é que haja uma boa recolha de lixo, para a nossa cidade continuar a ser a cidade mais limpa do país, até do mundo”, disse à Lusa Salvador Domingos, um morador de Chimoio, para quem a cidade está a perder a dignidade de outros tempos, com lixo, degradação de vias de acesso e desordenamento territorial.
Domingos não está sozinho, de acordo com as opiniões ouvidas pela Lusa nas ruas de Chimoio, um dia antes do início oficial da campanha eleitoral.
Na capital provincial, os eleitores pedem ainda apostas no emprego para os jovens e construção de novas infraestruturas.
Várias estradas, sobretudo as que ligam os bairros 16 de Junho e Chissui à cidade, asfaltadas e inauguradas há menos de três meses, já têm buracos, exemplificaram.
O comerciante Sulemane Ismael espera que haja justiça no próximo conselho municipal para que se “governe bem e com justiça”
“não queremos pessoas que façam corrupção”, defendeu Sulemane, esperando que o actual modelo de descentralização, resultado da nova lei eleitoral, traga resultados benéficos para a população.
Neto Mairosse, estudante do ensino secundário, vai votar pela primeira vez nestas eleições autárquicas e espera que o seu voto venha a eleger um governante que “mude alguma coisa” nas infraestruturas básicas.
Um outro morador, Cláudio Falcão, disse à Lusa que não espera grandes mudanças governativas com as eleições que se avizinham, mas, pelo menos, que o novo executivo municipal priorize os “serviços sociais básicos e infraestruturas, como valas de drenagem”, para atender os bairros acidentados e combater a erosão, que virou uma realidade preocupante em Chimoio.
Para o técnico em administração pública, Silha Siawalha, além de tratar todos os munícipes de forma equitativa, o novo conselho municipal deve melhorar o sistema de abastecimento de água.
Vários dos residentes ouvidos pela Lusa desconhecem a mudança na lei eleitoral.
Antes havia dois boletins: um com a foto dos candidatos a presidente do município, outro com os partidos candidatos à assembleia municipal.
Agora, haverá um só boletim onde pôr a cruz e o cabeça de lista do partido vencedor será o presidente do município.
Chimoio com 162 mil eleitores registados que vão escolher 42 responsáveis autárquicos e entre os principais problemas apontados estão o fornecimento de água, energia e melhorias nas vias de acesso e transporte aos munícipes.
Fonte: noticias.sapo.
