Seca, calor e incêndios matam na Europa e Japão

Sociedade

PELO menos 80 morreram no Japão em três semanas devido a uma onda de calor que atinge o país, segundo indicam dados oficiais ontem divulgados pelas autoridades nipónicas. Na Grécia, incêndios fora do controlo fizeram mais de 70 vítimas mortais, muitos desaparecidos e mais de 170 feridos.

A ausência prolongada de chuva e as temperaturas elevadas instalaram nas últimas semanas a seca numa parte significativa da Europa, registando-se múltiplos incêndios nos países escandinavos e bálticos e no sul do continente.

Entre os países nórdicos, é na Suécia onde os fogos têm uma grande magnitude. Estocolmo pediu assistência a Bruxelas para fazer face às dezenas de incêndios florestais activos num país mal equipada para o combate de queimadas desta gravidade.

Também o sul da Europa, à semelhança dos últimos verões, é atingido por fogos florestais. Aqui, Grécia é o país mais devastado. Os fogos causaram pelo menos 74 mortos e 172 feridos, alguns em estado crítico, de acordo com os dados da Protecção Civil grega, ontem anunciados.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, decretou ontem três dias de luto pelas vítimas e prometeu que “ninguém ficará sem ajuda”.

Para ajudar no combate aos incêndios, a União Europeia (UE) mobilizou meios importantes, desde segunda-feira, colocando à prova o seu mecanismo de protecção civil.

No entanto, para a Comissão Europeia, a multiplicação dos fogos e a sua localização, no extremo norte e sudeste, exigiriam a adopção da RescUE, proposta por ela apresentada no fim de 2017 para dotar a UE dos seus próprios recursos operacionais.

No entanto, a iniciativa foi bloqueada pelos Estados-membros, lamentou o Executivo europeu.

O mecanismo da protecção civil da UE que funciona desde 2001 é actualmente baseado num sistema voluntário.

A UE coordena as contribuições dos Estados no país que pediu a ajuda via Centro Europeu de Coordenação de Resposta de Urgência, sediado em Bruxelas.

 

Fonte: http://jornalnoticias.co.mz.