Moçambique exporta açúcar para Ruanda

Economia Nacional

MOÇAMBIQUE vai exportar açúcar para o Ruanda, com a ambição de maximizar o negócio, tendo em conta o volume da produção e as potencialidades que o país tem.

Numa primeira fase vai exportar 10 mil toneladas. Actualmente, Moçambique produz mais de 400 mil toneladas de açúcar, cerca do dobro do que o país necessita para o consumo interno e tem potencialidades para incrementar a produção.

Este é um dos ganhos da visita de Estado de três dias que o Presidente da República, Filipe Nyusi, efectuou ao Ruanda, a convite do seu homólogo, Paul Kagame.

O acordo de exportação de açúcar para aquele país da África Central insere-se na visão estratégica do ciclo de governação do Chefe de Estado, no quadro de uma diplomacia económica realista, virada para a geração de resultados que impactem na vida da população.

No balanço da visita que descreveu como tendo sido produtiva, Nyusi disse que há potencial para o país colocar outros produtos agrícolas no mercado preferencial ruandês, caso do milho, soja, feijões, leguminosas, além de recursos naturais como o carvão mineral.

Muito brevemente, o Ruanda vai abrir a sua embaixada em Moçambique, segundo anúncio feito pelo Presidente Paul Kagame no final das conversações oficiais com o estadista moçambicano. Moçambique já nomeou a sua representante diplomática para este país, a qual integrou a delegação presidencial.

Os dois países terão em breve ligações aéreas.

O Presidente Nyusi disse que as ligações diplomática e aérea, a isenção de vistos para portadores de passaportes diplomáticos e de serviço, bem como a reactivação da Comissão Mista Permanente, que se reuniu pela primeira vez em Kigali, vão providenciar maior fluxo, comunicação e intercâmbio, propiciando ambiente para negócios e trocas comerciais.

“Passamos das intenções às acções”, disse o Presidente da República, destacando que o poder político estável, a reconciliação, o patriotismo e a cultura de trabalho favorecem o desenvolvimento.

Destacou-se, na visita, o encontro que o Presidente da República manteve com o seu homólogo do Ruanda, as conversações entre delegações dos governos dos dois países, o Fórum de Negócios envolvendo empresários nacionais e locais, a deslocação à Zona Económica Especial e à Fábrica de Alimentos Fortificados.

Nyusi visitou, ainda, o Memorial do Genocídio, em Kigali, o Museu do Palácio do Rei, no distrito de Nyanza, o Posto Fronteiriço Único, em Rubavu, junto à fronteira com o Congo democrático, um dos mais movimentados da região, com o registo de mais de 50 mil pessoas por dia.

Depois do Chefe do Estado moçambicano, os Presidentes da China e o Primeiro-ministro da Índia, duas grandes potências, visitaram o Ruanda este domingo e hoje, igualmente para troca de experiências.

Fonte: jornalnoticias.co.mz.