Nas vésperas da sucessão: Raúl Castro destaca “longo e difícil caminho percorrido” por Cuba

Politica Internacional

O PRESIDENTE de Cuba, Raúl Castro, admitiu o longo e difícil caminho percorrido desde a Revolução de 1959, quando falta um mês para deixar o cargo e ponha fim a uma era dominada pela família Castro na ilha das Caraíbas.

“Percorremos um longo, longo caminho e difícil. Mas percorremos honradamente, conjuntamente com todo nosso povo, para que os nossos filhos, os de agora e os do futuro, sejam felizes”, afirmou Castro em declarações difundidas na segunda-feira pelo Governo de Havana.

Os comentários foram feitos durante a sua visita a uma escola em Santiago de Cuba (sudeste), onde votou nas eleições de domingo.

Cuba votou no domingo para escolher o novo Parlamento, de onde sairá, em Abril, o sucessor de Raúl Castro, uma mudança histórica na ilha, mas dentro da continuidade do sistema socialista.

O processo é o mesmo que acontece a cada cinco anos: são 605 candidatos designados para o mesmo número de cadeiras na Assembleia Nacional, um sistema singular na América Latina.

Esta é a primeira eleição geral sem Fidel Castro, que governou a ilha como presidente de 1976 até 2008. Depois o seu irmão Raúl assumiu o poder.

A sucessão dos Castro marcará o início da mudança de geração em Cuba, que não se afasta do “castrismo”. De acordo com a Constituição, o Partido Comunista de Cuba (PCC) – do qual Raúl continuará como primeiro secretário até 2021 – é a “força dirigente superior da sociedade”.

As previsões apontam que a Assembleia Nacional escolherá em 19 de Abril como sucessor de Raúl Castro o actual primeiro vice-presidente, Miguel Díaz-Canel, um engenheiro de 57 anos.

Esta será a primeira vez desde 1976 que uma pessoa sem o sobrenome Castro, e que não é um militar que lutou na Revolução, ocupará a presidência. – G1

 

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