Duas pessoas morreram, uma por afogamento e a outra por descargas atmosféricas, em consequência da chuva torrencial que caiu no Município da Cidade de Tete, ao final da tarde de segunda-feira.
Um menor que havia sido arrastado pelas águas da chuva na Unidade 3 de Janeiro, no bairro Chingodzi, foi resgatado, tendo sido evacuado para o Centro de Saúde de Matundo, onde recebeu cuidados médicos.
Para além dos mortos, cerca de 120 casas de construção convencional e outras precárias desabaram nos nove bairros que constituem a área de autarquia da Cidade de Tete, para além de vias de acesso rodoviário, derrube de postes de transporte de linha de transmissão de energia eléctrica, entre outras infraestruturas sociais.
O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Tete, Celestino Checamhaza disse ontem que do levantamento preliminar constatou-se que há munícipes que estão sem abrigo e outra parte ficou nas casas de familiares e amigos.
Segundo a fonte, prossegue o trabalho de levantamento para se quantificar os estragos provocados pela chuva.
Checanhanza adiantou que cerca de 200 casas ainda se encontram submersas e em cordenação com as estruturas administrativas dos bairros estão em curso acções de sensibilização da população para a sua retirada para áreas seguras.
“Fomos surpreendidos e só na manhã de ontem é que começamos a identificar as famílias afectadas para a tomada de medidas de auxilio. Assim estamos a procurar acomodar os que ficaram sem tecto”, indicou Checanhanza.
A chuva inundou completamente 26 machambas com hortícolas no Vale de Nhartanda, no bairro Josina Machel.
Equipas da empresa Electricidade de Moçambique e do FIPAG, que ficaram com parte dos seus equipamentos danificados, já estão no terreno para a sua reposição por forma a garantir o restabelecimento normal da corrente eléctrica e água potável.
A Direcção de Saúde da cidade de Lichinga já está a trabalhar com as estruturas dos bairros, em campanhas de sensibilização porta-a-porta para a observância dos cuidados primários de saúde.
